Colaborar e Cooperar para o crescimento da sua empresa – III
Colaborar e Cooperar
Continuando nossa conversa sobre Colaborar e Cooperar, vamos agora abordar um dos fundamentos mais preciosos de qualquer organização, trata-se do “Estoque de conhecimento“. Ao lembrar-se do termo “Colaboração” sempre tem a ideia de grupo de pessoas engajadas com o objetivo de analisar e resolver um determinado problema. Desta forma Colaborar e Cooperar são um desafio para empresa independente da área onde atua, não?
Este grupo de pessoas deve estar imbuído do deste espírito de forma a discutir e argumentar sobre os processos e utilizar seus diferentes talentos para definir soluções para os mais diferentes problemas. O foco principal nesta abordagem sempre será como aproveitar melhor as ideias.
Assim como vimos no Artigo anterior, devemos sempre evitar o trabalho do colaborador que trabalha melhor fora da equipe e que por isto mesmo pode comprometer a empresa por uma ação mal elaborada, ideias devem ser sempre compartilhadas e ouvidas em todos os níveis, pois nem sempre aqueles que estão no controle da direção sabem corretamente como funciona a engrenagem do negócio nos níveis abaixo de si, e portanto podem ter uma avaliação errada na hora de decidir um movimento importante para a empresa.
Muitas organizações cientes deste fato tem colocado a disposição caixas de sugestões ou mesmo fazem reuniões periódicas entre seus subordinados visando através de um bate papo franco descobrir onde o trabalho pode ser melhorado e esperando que estes venham a Colaborar. Assim não só estreitam a proximidade com os colaboradores de vários níveis, como os valorizam e portanto obtém vantagens para ambos.
O que acontece quando você não ouve quem pode Colaborar
Vejam por exemplo o caso que aconteceu numa empresa que produz creme dental aqui no Brasil e que desconsiderou tudo isso que comentamos acima. O problema na indústria era que várias as embalagens da pasta de dente estavam sendo fechadas sem o produto dentro, ou seja, um robô abria a caixa e outro preenchia com o tubo, porém às vezes isso falhava e a caixa seguia vazia na esteira até a caixa onde seria acondicionada e encaminhada para o ponto de venda. Isto não era problema no passado, porém com o código de defesa do consumidor vigente nos dias atuais a empresa começou a ter vários problemas com processos ajuizados por clientes que adquiriam estas embalagens vazias. Para resolver isso ela encaminhou o problema diretamente para o seu pessoal de engenharia, que na visão da direção da empresa estavam melhor qualificados para resolver este problema.
Bom! Resumindo, após alguns meses e alguns milhões de reais, criou-se um sistema que era capaz de medir o peso das embalagens que passavam na esteira, se este fosse muito baixo a esteira parava e um braço mecânico ejetava a caixa incrementando o nº de embalagens rejeitadas gerando um relatório.
Depois de um mês de uso o pessoal da direção ao analisar os relatórios se deparou com uma leitura estranha, nos últimos dias o relatório apresentava 0 (zero) de rejeição. O que era estranho, pois no início das atividades do sistema o número era bem alto. Foram perguntar ao pessoal da produção o que estava acontecendo e foram surpreendidos com a seguinte resposta: “Nós simplesmente desligamos este sistema.” Os pessoais dos escalões superiores perguntaram por quê? E foram surpreendidos com a seguinte resposta: ” Toda vez que o sistema atuava, a linha de produção parava alguns minutos, pois era necessário parar também outras máquinas, isto atrasava muito o trabalho, estão pensamos numa solução mais simples, resolvemos comprar um grande ventilador e colocá-lo apontado para esteira na direção das caixinhas, toda vez que uma caixa vazia passa defronte ao fluxo de ar é expulsa e o processo continua, no fim do dia bastar contar o número de caixas recusadas e atualizar o relatório…“. Ao serem perguntados quanto gastaram com esta simples solução, receberam a informação que não tinha passado de R$ 80,00.
Como Colaborar
Nesse exemplo vemos como é importante valorizar nosso “Estoque de Conhecimento” e sem sombra de dúvida exercitar a exaustão o processo de colaboração entre os vários níveis da sua organização, às vezes a melhor ideia não está entre aqueles que pretensamente irão fazê-lo gastar mais com uma solução muito requintada, procure estimular a criação dos seus colaboradores. Ouça todas as ideias e avalie tudo sem preconceitos, as vezes o que pode parecer absurdo no momento, pode se transformar em algo econômico e lucrativo para sua organização. Crie reuniões periódicas com seus colaboradores e deixe claro que todos estão no mesmo barco e que cada remada na direção do sucesso será bem-vinda, estimule, divulgue e agradeça publicamente este esforço e se possível estabeleça um plano de incentivos para que eles se estimulem e participem ativamente.
Nos próximos artigos abordaremos mais técnicas de como estimular seu pessoal a Colaborar e atuar no processo de criação utilizando ferramentas de colaboração no nosso ambiente de trabalho. Se tiver alguma dúvida ou quiser enviar o seu comentário entre em Contato.