Social Business – Você sabe o que é isto?
Social Business – Um novo capítulo na história das Redes Sociais coloca-as a favor dos negócios e das empresas. Aqueles que têm o espírito inovador necessário para aderir à ideia saem na frente e já começam a colher os resultados.
A distância entre nossa vida pessoal e nossa vida profissional está diminuindo. É muito difícil nos separarmos em duas metades, de maneira que elas não tenham relação uma com a outra. Mas até pouco tempo atrás, muitos especialistas defendiam que esta política de separação era a decisão mais acertada – tanto para as empresas quanto para os funcionários.
O cenário mudou. Empresas descobriram que colaboradores que conseguem lidar bem com suas vidas particulares são mais felizes no trabalho – e conseqüentemente rendem mais. Descobriram, também, que as experiências pessoais trazem à vida profissional uma bagagem única, um diferencial na hora de lidar com os problemas. O que antes parecia absurdo, hoje é unânime: o profissional que concilia lazer e trabalho, vivendo de maneira integrada, é mais feliz e produtivo.
Como você pode perceber, o mundo dos negócios muda rapidamente. Até pouco tempo atrás, as redes sociais eram destinadas única e exclusivamente para o lazer. Depois, empresas descobriram que podiam utilizá-las como meio de divulgação. E, por último, descobriram o Social Business – uma forma de trazer a funcionalidade social para dentro das empresas, como forma de gerar negócios e buscar soluções. Ao contrário do que muita gente diz, as redes sociais não mudaram só os negócios, mas principalmente as pessoas que fazem negócios.
Social Business – Definição
Podemos definir Social Business como a prática que visa socializar o conhecimento através de pessoas, gerando soluções inovadoras e que dificilmente seriam pensadas na solidão de um escritório convencional. Conectar as pessoas certas e colocá-las na busca de um objetivo específico parece ser a chave desse movimento, que começou a ser discutido em 2012. É como potencializar uma reunião: ao invés de juntar cinco pessoas que já estão envolvidas demais no problema, solta-se a ideia em uma rede de contatos que podem acrescentar opiniões, questionamentos e práticas pessoais.
Todos conhecem histórias de pessoas que não estavam envolvidas em um determinado problema, mas que tiveram um insight no meio de uma reunião e salvaram o dia. Pode parecer cena de filme, mas muitas vezes é exatamente assim que funciona. Novas pessoas trazem novas ideias e da discussão nascem novas perspectivas – e quem sabe até a solução para aquele problema que até então parecia impossível de ser resolvido.
Não apenas os clientes, mas também os Stakeholders, fornecedores, colaboradores de outras áreas, parceiros… Todas as pessoas envolvidas com uma empresa têm suas próprias crenças e valores. O Social Business é uma maneira moderna de aproveitar o melhor de cada uma dessas pessoas – que muitas vezes não têm espaço ou incentivo para exporem suas opiniões. Ao serem ouvidas, elas criam empatia pela empresa e tendem a se tornar clientes mais fieis e colaboradores mais engajados.
Essa socialização utiliza a mesma ferramenta que já usamos para conversar com amigos, marcar encontros, ver o que acontece no mundo… Este é outro lado positivo do Social Business: estamos tão envolvidos com as mídias sociais em nossa vida pessoal que integrá-las ao trabalho é um processo simples e intuitivo. Não há período de adaptação, dificuldade em manusear ou receio de utilizar esse novo canal de negócios. É interessante, é simples, é útil e, justamente por isso, faz sentido que sejam usadas como instrumento profissional. Uma das maiores dificuldades para seu uso no ambiente profissional é justamente a crença de que serão usadas de maneira errada. Cabe ao líder, portanto, engajar e estimular seus colaboradores a fazerem uso do Social Business da maneira mais útil e profissional possível.
Para ser eficiente, o Social Business deve ser pensado como instrumento de negócios e precisa estar de acordo com as necessidades específicas de cada empresa, que são muito variadas e devem ser diagnosticadas previamente. Caso contrário, a empresa corre o risco de ter um canal social impecável, com uma tecnologia fantástica, mas que não tem muita utilidade e resultado.
Social Business – Teoria
Na teoria, parece simples. É só conectar as pessoas certas e esperar ótimas ideias. Certo? Errado. O que vale mesmo não é somar pessoas, e sim resultados. Se o Social Business não for usado para otimizar processos, diminuir erros e aumentar a inovação, pouco adianta estarem todos conectados. Neste caso, ele se torna apenas uma mídia – e não um processo gerador de negócios. Ele acaba sendo um espaço comum, como aquele que usamos para conversar com nossos amigos sobre o fim de semana. É desperdício de verba e de energia. Para minimizar este risco, o ideal é pensar e agir com cautela, descobrindo as necessidades do seu caso e buscando maneiras de alcançá-las através desta ferramenta.
Social Business – Evolução
O Social Business ainda precisa evoluir. Primeiro em sua definição, que ainda é vaga e gera diferentes interpretações, muitas equivocadas. Segundo, em sua prática. Como tudo que é novo, acaba funcionando melhor na teoria do que no cotidiano das empresas. O fato é que podemos esperar para os próximos anos organizações mais interessadas em socializar, ouvindo as pessoas ao seu redor e utilizando essas informações como os recursos preciosos que verdadeiramente são. Podemos esperar grandes negócios decididos socialmente e inovações na maneira de administrar os negócios e lidar com os colaboradores. A tecnologia está aí, disponível para todos. Este é o primeiro passo para pensarmos em uma resposta para a pergunta: se uma rede social é eficiente para tantas coisas, por que não podemos fazer dela instrumento de negócios?
O Tema é muito amplo, aqui abordamos superficialmente o conceito, no próximo artigo falaremos sobre “Social Business – Porque usar?”. Se você tem alguma dúvida ou deseja saber mais sobre o assunto entre em Contato teremos prazer em ajudar.
Beni Kuhn é Economista pela PUC-SP, Especialista em Comunidades Online e CEO da Setesys.