Social Business – Criando o pensamento social na empresa
Mais importante do que a tecnologia envolvida em uma empresa é a disposição dos funcionários em fazer com que as ferramentas tecnológicas tenham êxito. Muito mais do que um novo método de trabalho criado a partir de mídias sociais, o Social Business é um processo sociológico, que precisa transformar a cultura e o comportamento da empresa e de todos aqueles que estão envolvidos com ela.
A tecnologia, sozinha, não tem o poder de construir uma empresa focada no Social Business – muito menos de engajar funcionários a trabalharem de maneira social. Mas quando estes dois mundos se encontram, aliando tecnologia e pessoas comprometidas com o trabalho social, acontece a grande revolução da qual tanto ouvimos falar.
A fórmula do sucesso do Social Business
O comprometimento de todas as pessoas envolvidas com a empresa só pode ser conseguido através de engajamento. Alcançar esse engajamento não é tarefa fácil, mas é a mais importante para garantir o sucesso da implantação do pensamento social.
O sucesso do Social Business não pode ser traduzido a uma simples fórmula, pois é um processo mais complexo e profundo. Porém, se nos propusermos a discutir os principais elementos desta equação, chegaríamos a um resultado parecido com este:
Social Business – Uma empresa se faz com pessoas
Devemos lembrar, sempre, que embora a tecnologia seja fator determinante no sucesso de um modelo de Social Business, ela não é fator principal. Pessoas são o negócio de qualquer negócio. São elas as responsáveis pela maneira que uma empresa irá utilizar suas tecnologias e conseqüentemente transformar-se num case de Social Business.
Ferramentas inovadoras estão disponíveis aos montes e sua oferta é cada vez mais comum. O que difere um trabalho bom de um trabalho excelente é a capacitação daquele que usa estas ferramentas. Sim, ela é importante: invista em suas ferramentas. Mas invista ainda mais nas pessoas que farão uso delas.
Pessoas precisam estar motivadas
Máquinas respondem aos comandos de botões. Pessoas respondem a estímulos. Encorajar todas as pessoas envolvidas com sua empresa é fundamental. Até mesmo um excelente profissional pode transformar-se num péssimo colaborador se não estiver motivado. Quando falamos na implantação de um novo modelo de negócio, que exige comprometimento acima da média, este fator é ainda mais importante.
Tudo começa nas pequenas ações
O pensamento social não é construído apenas por grandes investimentos em ferramentas tecnológicas. Também não é resultado de uma cartilha distribuída aos colaboradores. Tampouco é uma coisa que se aprende do modo tradicional. Uma cultura social na empresa começa a partir de pequenas ações e se constrói no cotidiano.
– Os escritórios são convidativos à troca de ideias ou são pequenas salas que não interagem entre si?
– Qual a maneira que a empresa encontrou de promover a aproximação entre os setores?
– Gerência e diretoria compartilham ideias e ambientes com seus subordinados ou são parte de uma empresa que funciona praticamente à parte?
– Os colaboradores são incentivados a darem sua opinião ou fazem seu papel de maneira mecânica?
Refletir nestes e em tantas outras questões nos faz perceber que uma boa parte das empresas, ainda que não invista especificamente em Social Business, já está investindo na linha de pensamento social. Outras, no entanto, continuam num sistema arcaico de hierarquia e tradicionalismo que dificilmente irá gerar soluções, ideias, produtos e processos inovadores.
Antes de iniciar o processo de implantação do Social Business, garanta que todos os envolvidos estejam afinados e engajados com o pensamento social. O papel da diretoria e da gerência é não apenas informar, mas colher informações, trocar opiniões e dar as ferramentas necessárias para que todos participem do processo e busquem por si só as informações que precisam.
A comunicação precisa ser uma via de mão dupla para que, desde o processo de implantação, o Social Business seja unilateral e una as pessoas em prol de soluções e ideias inovadoras. O pensamento social começa por aí. E como todo o conhecimento, ele é mais fácil de ser entendido na prática do que na teoria.
Compartilhe Conosco como você acredita que a aplicação do pensamento social na sua empresa pode ajudar no dia-a-dia de trabalho.
Beni Kuhn é Economista pela PUC-SP, Especialista em Comunidades Online e CEO da Setesys.