Gamification e Social Business: lazer ou engajamento?
Gamification ou Gamificação
O conceito de gamification não é novidade. Usar dinâmicas, rankings, pontos e outros artifícios para criar engajamento é uma das melhores maneiras de criar promoções e gerar participação. O famoso programa de milhas, as fases do videogame e o ranking de funcionário do mês são exemplos clássicos de como é possível motivar e engajar através deste conceito.
Mesmo no setor empresarial, que geralmente é mais sério e burocrático, a utilização do conceito de gamification vem crescendo, provando que ela não está presente apenas em nossa rotina de lazer, mas também na de trabalho. Nesses casos, é preciso ainda mais cuidado. Afinal, todas as ações adotadas no meio profissional precisam ter resultados reais, trazendo engajamento e motivação. Caso contrário, acabam promovendo apenas o lazer, como uma espécie de jogo, desperdiçando tempo e verba. Quais os cuidados para que estas ações sejam realmente efetivas? Como evitar que se tornem apenas fontes de lazer?
A gamification e o lazer
Quando exemplificamos o significado do conceito de gamification, a primeira coisa que surge em nossa cabeça são os jogos. De fato, os artifícios utilizados para engajar pessoas são muito comuns no mundo do entretenimento. Para entendermos melhor o conceito, é preciso analisar por que a maioria dos jogos é tão atraente e viciante.
A maioria das estratégias envolve um desafio. Você precisa coletar pontos, precisa passar de fase, precisa vencer o desafio. E seres humanos são sensíveis a desafios, já que é parte da nossa natureza tentar transpô-los. É por isso que nos interessamos, jogamos, vibramos e nos viciamos em muitos jogos. A chave para isso? O conceito de gamification.
Mas se em um simples jogo estes conceitos são capazes de trazer tanta motivação e engajamento, por que não poderiam estender estes benefícios até o cenário profissional? Porque as empresas não podem agregar estes conceitos para motivar seus funcionários, clientes ou fornecedores? Qual a maneira certa de usar estes conceitos?
Gamification e seu papel nas empresas
O ranking de funcionário do mês e o programa de milhagens são dois exemplos clássicos de como o mundo profissional pode se valer da mecânica dos jogos, sempre levando em conta um desafio a ser superado. Em um setor de televendas, por exemplo, pode-se criar objetivos e metas para que sejam premiados os melhores colaboradores, criando um ranking a ser superado. As possibilidades são infinitas e os resultados são promissores.
A chave para o sucesso é focar no objetivo final. O que sua empresa precisa resolver? Onde ela precisa melhorar? As técnicas de gamification devem entrar em cena para resolver este cenário e melhorar algum indicador específico. Elas não são a resposta final para nada, apenas um caminho para que a empresa alcance aquilo que almeja. Mantendo isso em foco, é possível que a gamification ajude em diversos desafios empresariais, sendo muito mais uma oportunidade de engajamento do que uma forma pura de lazer.
Mesmo assim, é preciso que seja divertido. Caso contrário não trará todo o engajamento que é possível obter. Não podemos criar ações que sejam muito desafiadoras e nem um pouco interessantes. Pois assim as pessoas experimentarão o efeito inverso: a desmotivação. Ora, se é difícil e não é divertido, não há como motivar. É preciso ser desafiador na medida certa e interessante, assim é possível alcançar os melhores resultados.
Social Business e a gamification
Os conceitos de Social Business e as redes sociais corporativas facilitam as ações de gamification. Graças a eles é possível criar virtualmente um ambiente que favoreça e dê possibilidades técnicas para a realização das ações que a empresa busca. Basta usar a criatividade e ter um objetivo bem definido.
Estimular os colaboradores a utilizarem a nova ferramenta de Social Business pode ser um dos primeiros desafios propostos após sua implantação. E por que não usar os conceitos de gamification para conseguir? É possível pontuar o colaborador por cada postagem, comentário… É possível classifica-lo também de acordo com os temas que aborda, escolhendo os melhores de acordo com áreas específicas. Mais uma vez, as possibilidades são infinitas: basta criatividade para coloca-las em prática e alcançar os objetivos esperados.
Assim como o Social Business, a gamification deve envolver um planejamento. Assim ela terá um papel definido, com objetivos claros e que poderão ser futuramente mensurados. Independente de qual seja esse objetivo, é possível traçar metas e estratégias para alcançá-lo – e é aí que entra em cena a gamification. Engajar e motivar pode ser mais fácil do que você imagina, desde que sua empresa tenha as ferramentas certas e a disposição necessária.
Quer saber mais, ou tem alguma dúvida, entre em contato conosco. Até o próximo artigo.
Beni Kuhn é Economista pela PUC-SP, Especialista em Comunidades Online e CEO da Setesys.